O dono de tudo

Tematizando explicitamente a valorização da natureza como bem comum, partilhado pelo homem e por todos os restantes seres vivos, esta narrativa dá conta das consequências negativas da ação do ser humano quando tenta dominar o seu meio, quebrando o ciclo biológico dos vários ecossistemas. A ideia de "posse" ou de "domínio" do ambiente, alicerçada na conceção do homem como um ser externo à natureza e dela independente, associada ao nível mais elementar de consciência ecológica, resulta nesta narrativa na destruição do espaço natural e é fortemente criticada. A descoberta da dependência face ao meio e da sua complexidade, com uma teia de relações densa, decorre, neste caso, de um processo cumulativo e sequencial de ações descritas com recurso ao paralelismo e a repetições que, no final, terão que ser invertidas e corrigidas. Ainda que não seja totalmente inovador, o texto valoriza um usufruto partilhado e equilibrado do espaço natural entre o homem e os habitantes não humanos do planeta.

As ilustrações que o acompanham, contudo, caraterizam-se pelo seu carácter redundante e simplista, de sofrível qualidade estética.

Ramos, A. M. & Ramos, R., 2010 

Atualizado em 17 MARÇO 2022
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